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País é o 6º com mais usuários da rede</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6834919-governo-destinara-rs-730-milhoes-para-municipios-que-frearem-desmatamento.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/09/53642697251_3325c6014e_o-36090945.jpg?20240409220104" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Governo destinará R$ 730 milhões para municípios que frearem desmatamento</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6834895-petrobras-acha-petroleo-a-mais-de-2-mil-metros-de-profundidade-entre-ce-e-rn.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/12/06/odn_ii-32961392.jpg?20231206123605" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Petrobras acha petróleo a mais de 2 mil metros de profundidade entre CE e RN</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6834690-pico-de-casos-da-dengue-no-brasil-em-2024-ja-ou-diz-saude.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/04/aedes_aegypti__fiocruz-35284356.jpg?20240522120145" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Pico de casos da dengue no Brasil em 2024 já ou, diz Saúde</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6834293-piruinha-um-dos-chefes-do-jogo-do-bicho-vai-a-juri-popular-hoje.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/09/saffsv-36068102.jpg?20240409095535" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Piruinha, um dos chefes do jogo do bicho, vai a júri popular hoje, aos 94 anos</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/10/1200x801/1_indigenas-36099140.jpg?20240410140037?20240410140037", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/10/1000x1000/1_indigenas-36099140.jpg?20240410140037?20240410140037", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/10/800x600/1_indigenas-36099140.jpg?20240410140037?20240410140037" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Aline Gouveia", "url": "/autor?termo=aline-gouveia" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } i571w

Mortes de crianças indígenas são mais que o dobro do que em não indígenas 5x6c
MORTALIDADE INFANTIL

Mortes de crianças indígenas são mais que o dobro do que em não indígenas 645l4t

As causas mais frequentes de mortalidade de crianças indígenas são doenças evitáveis, aponta estudo do Núcleo Ciência Pela Infância 1k2g47

Entre 2018 e 2022, a taxa de mortes de crianças indígenas de até 4 anos foi mais que o dobro que o registrado no restante da população infantil brasileira. Em 2018, a cada mil crianças indígenas nascidas vivas, 14,7 morreram no período neonatal, ou seja, antes dos 27 dias. Entre as crianças não indígenas, essa taxa foi de 7,9. Já em 2022, o índice foi de 12,4 mortes para mil nascidas vivas — valor 55% maior do que  a taxa entre as crianças não indígenas. Os dados foram divulgados pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NI), na terça-feira (9/4).

Em relação a mortalidade de crianças indígenas com até 4 anos, em 2018 a taxa foi 2,6 vezes maior do que entre crianças não indígenas, pois a cada mil crianças indígenas nascidas vivas, 34,9 morreram antes de completar 5 anos — número próximo à taxa de 34,7 encontrada em 2022. Entre as crianças não indígenas da mesma faixa etária, as taxas permaneceram em 13,3 no ano 2018 e 14,2 em 2022.

A pesquisa também aponta que as causas mais frequentes de mortalidade de crianças indígenas são doenças evitáveis. Enquanto quase 70% das mortes entre não indígenas estão ligadas a complicações decorrentes da gestação, parto ou malformação, na população indígena esse percentual fica em 40%. No entanto, quando as causas são relacionadas a doenças do aparelho respiratório, doenças infecciosas e parasitárias ou doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, a proporção entre não indígenas é de apenas 14%, enquanto entre os indígenas sobe para 38%.

“O Brasil é um país diverso e de múltiplas infâncias. Mapear como as crianças indígenas vivem hoje e entender quais os principais gargalos para que elas possam se desenvolver plenamente contribui para a elaboração de políticas públicas efetivas”, explica Marcia Machado, integrante do Comitê Científico
do NI e responsável por coordenar o estudo.

Fatores 6l6y6

Um dos fatores que explica o índice de mortalidade de indígenas é o número insuficiente de profissionais de saúde e a alta rotatividade nas comunidades tradicionais. Isso se dá, em parte, pelas longas distâncias percorridas para a realização de atendimentos. Essa realidade provoca espaçamentos entre as consultas e interrupções em tratamentos.

Cabe destacar também que cada comunidade indígena tem compreensões próprias sobre o enfrentamento de doenças e os cuidados com o corpo, que incluem rituais, técnicas corporais e estímulo à ingestão de determinados alimentos. Por isso, a pouca familiaridade dos profissionais de saúde com esses aspectos culturais e sociais pode gerar desconfiança durante as abordagens — o que impacta os atendimentos médicos.

“Um dos aspectos fundamentais para o êxito na atenção primária à saúde é a construção de vínculos com a comunidade, sobretudo no contexto da saúde dos povos indígenas. Profissionais de saúde devem respeitar e considerar esses aspectos para promover o desenvolvimento integral das crianças nas
comunidades indígenas”, defende Marcia Machado.

Recomendações 4r206p

O estudo, intitulado Desigualdades em saúde de crianças indígenas, aponta caminhos para focar na atenção primária da saúde indígena. O primeiro o é estabelecer um calendário permanente de capacitação para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), com temática específica sobre culturas indígenas, seus modos de vida e de cuidado, assim como as melhores formas de abordagem de pacientes indígenas.

Além disso, a pesquisa frisa que é importante adaptar o cuidado em saúde das equipes da Estratégia Saúde da Família, reformulando programas e políticas sempre que necessário, e facilitar o o aos serviços de saúde a gestantes, puérperas e crianças na primeira infância, com o cumprimento do calendário recomendado de consultas de pré-natal ou puericultura.

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