
Dias após a Rua dos Protestantes, uma das maiores concentrações de usuários da chamada Cracolândia, amanhecer vazia, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) esteve no Serviço de Cuidados Prolongados Álcool e Drogas (AD) Boracea e comemorou "esvaziamento" em fala à imprensa nesta quinta-feira (15/5). Ao portal Uol, o prefeito negou que o fluxo de pessoas na rua tenha se espalhado pelo restante da capital.
Segundo a prefeitura, a ausência de pessoas na rua dos Protestante ocorre devido a ações na Favela do Moinho à procura de usuários para iniciar tratamento médico e da intensificação das forças de segurança contra o tráfico de drogas na região. Ainda nesta quinta-feira, o secretário Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando, reforçou o argumento da gestão municipal em entrevista à Rádio Eldorado.
O secretário afirmou que a diminuição dos usuários não causa surpresa e o combate às drogas “é uma batalha que a prefeitura e o governo estadual estão vencendo diariamente”. Ele também rebateu críticas e denúncias de repressão e dispersão de usuários por outras áreas da cidade. "Parece que tem gente que torce para a Cracolândia não acabar", disse.
Segundo o secretário, dados da prefeitura apontam que quase 200 usuários procuraram clínicas terapêuticas do município desde o sábado (10/5).
No entanto, organizações da sociedade civil negam avanços apontados pela prefeitura. Em publicação nas redes sociais, a Craco Resiste afirmou que a gestão de Nunes teria dispersado os indivíduos “na pancada”.
“Há grandes dificuldades de o à água, revistas vexatórias e humilhações cotidianas, o que esfrangalha as condições emocionais das pessoas em desproteção social e propicia o contexto para violência, diz o post. Segundo a ONG, essa abordagem é uma parceria entre a prefeitura e o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Com informações de Agência Estado