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E, sem esconder sua satisfação pelo lugar ao qual dedicou boa parte de sua vida, garantiu que "sempre valeu demais!"</p> <h4>Amor pelo esporte</h4> <p class="texto">A dedicação do pai ajudou a forjar o maneira de ser de Samantha. Além disso, seu Saraiva e o irmão Samuel a ajudaram a descobrir o amor pelo esporte ainda criança. Mesmo sendo a única menina jogando futebol com os garotos de sua escola, e na rua, conseguiu mostrar-se talentosa.</p> <p class="texto">Quando ingressou no ensino fundamental, descobriu uma escolinha feminina de surdos, na Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos, e ou a treinar futsal regularmente, atividade que se tornou parte essencial de sua vida.</p> <p class="texto">Atualmente, formada em Educação Física e em Letras-Libras, ela divide seu tempo entre aulas na rede pública e treinos como atleta de alto rendimento. 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Apesar das dificuldades causadas pela hipotonia muscular, condição que afeta sua fala, ele sempre se comunicou de forma única e eficiente, demonstrando sua força e capacidade.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/29/whatsapp_image_2024_11_29_at_11_44_33-42295094.jpeg" width="2136" height="1201" layout="responsive" alt="Pedro Bomfim com seu troféu do Campeonato Open Internacional de atletismo"></amp-img> <figcaption>Foto: Reprodução - <b>Pedro Bomfim com seu troféu do Campeonato Open Internacional de atletismo</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Enfatizando que seu filho sempre foi interessado por esportes, Gerson do Bomfim, pai do jovem contou que o garoto sempre diz: "Vou ser campeão e todo mundo vai gritar Pedro, Pedro, Pedro".</p> <p class="texto">Sua trajetória é apoiada pela dedicação e incentivo de Mara Lucena Carneiro, mãe, e Anna Clara Lucena Carneiro, irmã, que sempre acreditaram do potencial do menino.</p> <p class="texto">"O esporte é uma ferramenta fundamental para a inclusão. 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Uma vitória servida em bandeja de amor e dedicação 2k2f2
Superação

Uma vitória servida em bandeja de amor e dedicação 4o5xo

Conheça as história de Samantha e Pedro, campeões dentro e fora das competições. Mesmo diante das adversidades, conquistaram medalhas, com resiliência e apoio familiar 1o2i4v

A esportista brasiliense Samantha Saraiva Santos, de 26 anos, tardou algum tempo para escutar a ovação da torcida a seu favor em grandes competições internacionais. A demora não se deu apenas pelo tempo que levou para superar torneios classificatórios, seletivas de equipe e outros desafios que enfrentou. Foi também porque ela sofre de perda auditiva alta, mas não severa. O problema foi diagnosticado, em 2002, por médicos que examinaram a agora goleira da Seleção Brasileira de Futsal Feminino de Surdos. A dificuldade foi encarada e vencida, segundo ela, graças a dois fatores. Um, o amor pelos esportes. O outro, o apoio e resiliência da mãe — Noemea Santos Saraiva, 60, aposentada da área comercial — e do pai — José Saraiva de Andrade, 58, e desde seus 25 na ativa como garçom do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

"A nossa luta sempre foi por nossos filhos, e valeu a pena", disse Saraiva, referindo-se, também ao seu caçula, Samuel, 24. O rapaz, cursa fisioterapia na Universidade de Brasília (UnB) e, com a irmã, completa o quarteto familiar que mora no Riacho Fundo e que, não raro, celebra medalhas que a moça tem conquistado mundo afora.

Foto: Reprodução - A brasiliense garantiu, com sua equipe de futsal, o ouro do Pan-Americano em 2024

Nascido no interior do Piauí — em José de Freitas, que deixou, acompanhado de Noemea, aos 18 anos — o pai de Samantha é responsável por prover com água e café fresquinhos visitantes e servidores do TJDFT, desde 1991. Antes de vir para o "Quadradinho", ele ou pela capital de seu estado natal — Teresina —, por São Luís (MA) e pela "cidade maravilhosa" (RJ), e ganhou seu sustento em atividades que realizou em vidraçaria, hotel de luxo e restaurante. Desafios ao casal não faltaram, especialmente com a primogênita.

Surpresas 542a59

"Foi uma gravidez de risco. Minha pressão subiu muito, e Samantha teve que nascer com oito meses. Ela era muito tranquila, mas, aos 3 anos, notamos que não falava, apenas dava gritinhos. Achei estranho e a levei na fonoaudióloga. Depois de um ano de tratamento, descobrimos que tinha perda auditiva alta, mas não severa", lembrou a aposentada.

Com o diagnóstico, a menina iniciou acompanhamento no Centro Educacional da Audição e Linguagem (Ceal) Ludovico Pavani, da Secretaria de Saúde do DF. Lá conseguiu aparelhos auditivos. "Ela frequentou uma escolinha com professoras especializadas que ajudaram muito no desenvolvimento. Com o aparelho auditivo, começou a falar muito bem, mesmo com algumas dificuldades em certas palavras. Sempre foi uma menina muito inteligente e dedicada", disse Noemea. A mãe piauiense ressaltou que: "Meu marido e eu nunca medimos esforços para que tivessem o melhor". Assim, no comércio, ela lutava pelo sustento familiar. E Saraiva, com simpatia, conquistava os clientes de um restaurante em que foi garçom, logo que chegou à capital federal. Seu carisma ajudou.

Foto: Reprodução - Saraiva e a esposa Noemea, junto ao caçula Samuel, celebrando mais uma vitória de Samantha

O estabelecimento era frequentado por servidores do TJDFT. Calhou que o tribunal necessitava de alguém com seu perfil. Inicialmente, ficou 16 anos na unidade do órgão em Ceilândia. Posteriormente, foi transferido para a sede no Plano Piloto, onde está, atualmente. E, sem esconder sua satisfação pelo lugar ao qual dedicou boa parte de sua vida, garantiu que "sempre valeu demais!"

Amor pelo esporte 5p16i

A dedicação do pai ajudou a forjar o maneira de ser de Samantha. Além disso, seu Saraiva e o irmão Samuel a ajudaram a descobrir o amor pelo esporte ainda criança. Mesmo sendo a única menina jogando futebol com os garotos de sua escola, e na rua, conseguiu mostrar-se talentosa.

Quando ingressou no ensino fundamental, descobriu uma escolinha feminina de surdos, na Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos, e ou a treinar futsal regularmente, atividade que se tornou parte essencial de sua vida.

Atualmente, formada em Educação Física e em Letras-Libras, ela divide seu tempo entre aulas na rede pública e treinos como atleta de alto rendimento. Recentemente, foi convocada para disputar as Surdolimpíadas de 2025, em Tóquio, pelo time de handebol, esporte que também ama.

Atuando como goleira, conquistou títulos o ouro no Pan-Americano de Futsal deste ano, em Canoas (RS), pela equipe da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos e o bronze nas Surdolimpíadas de 2021, no handebol, em Caxias do Sul (RS). "Meu sonho era representar o Brasil no futsal. Realizei isso ao me tornar bicampeã pan-americana. É algo que jamais esquecerei", afirmou.

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Além do futsal e do handebol, Samantha também brilha no vôlei de praia, acumulando troféus e medalhas. Hoje, Samantha é professora efetiva de Educação Física da Secretaria de Educação e uma inspiração para seus alunos. "Mostro minhas medalhas e troféus para os estudantes e eles se sentem motivados. Alguns até me disseram que começaram a treinar por minha causa. Isso me dá força para continuar", disse.

Samantha enfatizou a importância do apoio dos pais no desenvolvimento de sua vida profissional e pessoal: "Meus pais são meus heróis. Nunca desistiram de dar o melhor para mim e para o meu irmão. Tudo o que conquistei até hoje é graças ao apoio deles".

Portador de grande eficiência 631l1h

Botafoguense apaixonado, o atleta com síndrome de Down, Pedro Henrique Lucena Bomfim, 21 anos, faz parte da equipe de atletismo da Apae-DF — que atende a pessoas com necessidades especiais. Recentemente, o rapaz brilhou no Open Internacional de Atletismo, conquistando medalhas de ouro e batendo recordes nos 100 e 200 metros rasos. Ele e seus colegas também bateram o recorde brasileiro nos revezamentos 4x100 e 4x400 metros.

Aos 4 anos, Bomfim — que mora com a família em Vicente Pires —iniciou sua jornada esportiva com futebol. Depois, migrou para o atletismo, esporte em que se destacou. Apesar das dificuldades causadas pela hipotonia muscular, condição que afeta sua fala, ele sempre se comunicou de forma única e eficiente, demonstrando sua força e capacidade.

Foto: Reprodução - Pedro Bomfim com seu troféu do Campeonato Open Internacional de atletismo

Enfatizando que seu filho sempre foi interessado por esportes, Gerson do Bomfim, pai do jovem contou que o garoto sempre diz: "Vou ser campeão e todo mundo vai gritar Pedro, Pedro, Pedro".

Sua trajetória é apoiada pela dedicação e incentivo de Mara Lucena Carneiro, mãe, e Anna Clara Lucena Carneiro, irmã, que sempre acreditaram do potencial do menino.

"O esporte é uma ferramenta fundamental para a inclusão. Pedro é um campeão da vida e merece todo nosso apoio e respeito", destaca o pai. A família acredita que, mais do que as medalhas, o que realmente importa é a felicidade do garoto, que segue se destacando com a alegria de quem encontrou seu verdadeiro caminho.

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Foto: Reprodução - A brasiliense garantiu, com sua equipe de futsal, o ouro do Pan-Americano em 2024
Foto: Reprodução - Saraiva e a esposa Noemea, junto ao caçula Samuel, celebrando mais uma vitória de Samantha
Foto: Reprodução - Pedro Bomfim com seu troféu do Campeonato Open Internacional de atletismo