
Mente criativa por trás do sucesso absoluto de Beleza fatal, a telenovela que inaugurou o investimento da plataforma Max no gênero, Raphael Montes está rindo de orelha a orelha desde janeiro — e com razão. Em um bate-papo rápido com o Correio, via zoom, nesta quarta-feira (26/3), o autor de best sellers como Jantar secreto e Bom dia, Verônica — que já roteirizou a série derivada dessa obra para a Netflix e colaborou com João Emanuel Carneiro na novela A regra do jogo (2015), na Globo — declarou-se um noveleiro assumido, comemorou o êxito de sua estreia definitiva como autor de folhetim, afirmou que torce pelo sucesso do remake de Vale tudo, na Globo, e contou qual novela ele toparia uma nova versão.
"Beleza fatal foi um trabalho longo, que teve vários obstáculos ao longo do processo, mas que teve grandes alegrias, encontros. Sinto a realização de que a história tenha chegado ao público, e que o público tenha gostado", celebrou. "É um dos primeiros produtos do streaming a furar a bolha e virar cultura pop, com fantasias de carnaval, vocabulário, como 'lolovers', 'amades', 'pompom'... Essas coisas am o limite do streaming, que as pessoas dizem que faz muito barulho, mas para pouca gente", avaliou o mais novo e aclamado novelista da indústria, que contou com a supervisão do veterano Silvio de Abreu em sua estreia solo nas novelas.
Protagonizada por Camila Pitanga (em seu retorno às novelas após nove anos), Camila Queiroz e Giovanna Antonelli, Beleza fatal estreou na Max em 27 de janeiro, com 40 capítulos distribuídos em oito blocos de cinco, sempre às segundas-feiras. A exceção foi a última semana, que teve seu último capítulo disponibilizado isoladamente na sexta-feira (21/3), em clima de suspense e no horário nobre. Desde 10 de março, a novela está sendo exibida, diariamente, pela Band.
Vale tudo nos remakes
Raphael não para, e já está com a cabeça e o corpo em novos projetos. Apaixonado por novelas, porém, o carioca de 34 anos ite compartilhar, como telespectador, a expectativa para a estreia do remake de Vale tudo — e torcendo pelo sucesso da produção, que está sendo adaptada pela colega Manuela Dias.
"Torço porque é uma das minhas novelas favoritas e eu desejo vida longa às novelas, seja na tevê aberta ou no streaming", declarou. Para ele, a nova novela deve ser adaptada para os tempos atuais, com liberdade para contar uma nova história. "O autor deve pegar a estrutura clássica, o grande tema que está por trás da novela e fazer a junção disso com o seu olhar, adaptando o clássico para contar uma nova história", defendeu o autor de Dias felizes, obra literária que também se tornou produto do streaming e irá ao ar pelo Globoplay ainda este ano.
Autor reconhecido pela originalidade de suas obras e do seu estilo próprio de contar uma narrativa, Montes itiu que faria um remake se fosse convidado. "Eu faria, sim, um remake. Mas desse jeito, contando do meu jeito uma história que eu amo." E revelou à reportagem: "Uma que eu faria, com certeza, seria A próxima vítima, porque é justamente uma novela que tem uma estrutura muito clara. Mudaria os assassinos, e as vítimas, mas eu faria uma A próxima vítima do meu jeitinho. Porque se o público já sabe quem são as vítimas, a novela perde a graça também".
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