
As trevas tomam conta das Terras Intermédias. Novos guerreiros foram convocados para deter a escuridão que se aproxima e tentar lutar contra as forças do Lorde da Noite. Esse é Elden Ring Nightreign, mais novo jogo da Bandai e o primeiro da From Software focado 100% em seu modo multiplayer.
O jogo tem uma abertura nessa versão final, com o Selvagem chegando até o castelo que é o Hub principal do jogo. Mais cedo esse ano, o Correio participou do teste fechado do jogo, então muitos detalhes já comentados anteriormente serão apenas reforçados nessa matéria. Enquanto em fevereiro tivemos apenas 4 classes disponíveis, nesse pré-lançamento o jogo liberou mais classes jogáveis, tornando 7 personagens, com adição dos personagens revelados ao longo desses últimos meses.
Confira as classes:
Duquesa
A Duquesa lembra personagens de Bloodborne, com ataques rápidos e uma movimentação mais ágil do que as demais classes. A duquesa pode repetir o dano que causou ao inimigo com sua primeira habilidade, enquanto a segunda habilidade faz com ela e os aliados próximos fiquem invisíveis, confundido os inimigos em combate.
Guardião
O Guardião é um falcão gigante de armadura, que carrega uma alabarda e um escudo pesado. Todos os personagens têm duas habilidades exclusivas, uma mais fraca e outra que seria uma habilidade suprema, no caso do falcão, ele gera um vento que dá dano aos inimigos em torno dele, e na segunda ele levanta voo e desce com tudo, atingindo o inimigo com um ataque poderoso.
Selvagem
O Selvagem é talvez a classe mais básica, sendo um cavaleiro com espada e escudo. Seu maior diferencial é um gancho que ele arremessa com sua primeira habilidade que o ajuda a chegar mais perto dos inimigos, dando uma pequena quantidade de dano e a segunda é uma balestra que lança uma explosão de curto alcance contra os inimigos.
Reclusa
A Reclusa seria a classe mágica do jogo, ela lança as magias já conhecidas da franquia, diferente da maioria dos personagens que dependem do controle da barra estamina para atacar. A Reclusa tem praticamente todos os seus ataques dependentes da barra de magia, que é finita, mas felizmente, uma das suas habilidades é recuperar pontos de magia depois de algum inimigo ter lançado algum ataque mágico perto dela e sua segunda e infligir uma marca de sangue em inimigos próximos para gerar mais dano nele.
Corsário
Um enorme brutamontes, que tem um visual totalmente inspirado na persona do bárbaro clássico, tendo apenas um enorme machado como arma inicial. Ele atua como um tanque, tendo como primeira habilidade um golpe duplo que causa dano elemental e a segunda é uma iva que impede que ele seja derrubado enquanto acerta os inimigos. Sua habilidade suprema cria um enorme totem, que além de causar dano, serve para dar um terreno mais elevado para os demais jogadores não serem atingidos pelos inimigos.
Executor
Para os fãs de Sekiro não podia faltar um samurai nesse elenco inicial. Focado em jogadores que preferem defender utilizando o aparar dos personagens, o executor é equipado com duas katanas, a primeira uma espada comum que deve ser equipada em ambas as mãos, para assim conseguir sua habilidade de arma e a segunda — que também é uma habilidade — é uma lâmina amaldiçoada capaz de defender golpes e dar dano extra aos inimigos, mas dificulta a mobilidade do Executor. Por fim, a terceira e melhor habilidade do Executor é que ele se torna um monstro enorme em seu modo fera, ganhando uma barra de vida maior e golpes poderosos contra os inimigos.
Olho-de-Ferro
Com certeza o Olho-de-Ferro foi criado pensando em jogadores que tiveram a audácia de zerar jogos Souls apenas com um arco e flecha. O Robin Hood da From Software é primordial um personagem de disparo à distância, que foi uma adaptação inesperada e extremamente bem-vinda de jogabilidade. Sua primeira habilidade permite que o Olho-de-Ferro marque o inimigo e gere um ponto fraco por um tempo, auxiliando os demais personagens a causarem mais dano em um adversário. Sua habilidade suprema é criar um arco gigante e disparar uma flecha capaz até de levantar inimigos do chão.
Cai a Noite
Com os personagens selecionados, começa a expedição dos Notívagos até o covil da criatura, com o primeiro chefe sendo o Cão Tricéfalo — mesmo chefe do teste de rede. Teve momentos que o jogo continuou enfrentando problema em forma partidas, chegando a fincar em muito tempo de espera as duas das três pessoas necessários para iniciar a jogatina, mas acredito que essa seja um problema só dessa parte inicial, a comunidade pode mudar esse problema de formar partida se aderirem ao novo estilo proposto pela From Software.
Depois de três pessoas em uma partida, oficialmente a expedição começa, com cada pessoa selecionando um dos personagens para jogar durante a expedição. Tive predileção pelo Executor e pelo Olho-de-Ferro, justamente pela novidade do estilo de jogo dos personagens, com ambos mudando drasticamente o estilo tradicional de se jogar Souls.
O formato aqui é idêntico ao descrito anteriormente, os três personagens são guiados até um mapa, lá devem coletar recursos, que consistem basicamente em itens úteis como espadas, machados, escudos, arremessáveis e sebos para encantar lâminas. Além disso, o mundo ainda tem várias áreas repletas de inimigos que servem para o jogador conseguir almas para elevar o nível dos devidos personagens, o que inclui também chefes diversos do mundo de Elden Ring. O nível é fixo, não permitindo que o jogador altere para onde vão os pontos dos bonecos. Conforme o nível aumenta, vida, magia e estamina também crescem, além de coisas ivas como o dano e a defesa.
Nightreign é dividido em um ciclo de dias, com a manhã servindo para caçar esses recursos e ficar mais forte, conforme o dia vai ando, assim como no gênero Battle Royale, um círculo fecha ao redor do mapa e vai consumindo as áreas, se tornando cada vez menor ao decorrer do dia. Quando a noite finalmente caí sobre o mundo, só uma única área fica disponível, lá os jogadores enfrentaram uma série de inimigos mais fortes e um chefe do dia, se conseguirem vencê-lo, avançam para o próximo dia e o ciclo reinicia.
A única mudança no ciclo é no terceiro dia em que os jogadores vão para uma dimensão longinqua para enfrentar o alvo da expedição, nesse caso o Cão Tricefálo, uma criatura imensa de três cabeças que cospe fogo, no melhor estilo Cerberus. Ele ainda pode se dividir em três e mirar cada jogador com seus ataques. Antes dessa área final, você pode melhorar as armas — Não todas, algumas especiais têm status fixos, assim como no jogo original — conseguidas durante a expedição, gastando uma boa quantidade de almas, você também pode conseguir alguns itens para dar mais alguma resiliência para seu personagem. Além dos chefes que já estavam no teste de rede, alguns velhos conhecidos do catálogo da FromSoftware voltam a aparecer no novo título, e pode gerar uma boa nostalgia para os fãs de Dark Souls.
Loja do jarrinho e pedras
Assim que retorna das expedições, o Notívago ganha algumas almas e pedras que modificam a próxima aventura, dando algum bônus específico para o personagem. São 4 tipos de pedra azuis, vermelhas, verdes e amarelas, que trazem diferentes tipos de benefícios para o personagem, quanto mais perto de vencer a expedição, maior a recompensa final. No castelo também existe uma loja para comprar emotes, rochas que emitem sons e mais pedras — Essas brancas, que podem ser usadas em qualquer espaço sem ser o pré-determinado — vendidas em troca das almas coletadas na expedição. A lojinha é comandada por algum filho perdido de Alexander, o homem-pote de Elden Ring.
Considerações Finais
Elden Ring Nightreign mistura dois gêneros que em teoria não se conversam, mas de alguma forma — Apesar dos percalços no caminho — a FromSoftware foi pioneira em criar o primeiro Battle Royale Soulslike, usando sua marca consagrada, Elden Ring, para chamar a atenção dos fãs das obras de Hidetaka Miyazaki.
Nightreign não é perfeito, mas é um pontapé em uma nova exploração de um gênero já muito saturado — Battle Royale no caso. Os personagens fixos tem pontos bons e ruins, por um lado eles fazem um diferencial enorme para quem não é acostumado em jogar nenhum souls, por outro também podem incomodar os veteranos do gênero, já que não tem o controle para criar seus próprios estilos de jogatina. Sobretudo, eu acredito que foi um acerto, porque criar várias mecânicas fixas pode deixar o jogador curioso para testar diferentes tipos de jogabilidade. Agora cabe a Bandai Namco alimentar seu jogo com conteúdo, o repertório Soulsborne é gigantesco, com vilões dignos de aparecer como terrores pior que o próprio Lorde da Noite.
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Elden Ring Nightreign chega em 29 maio ano para PC, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X|S e PlayStation 5
*Esta análise foi feita com uma cópia enviada pela Bandai Namco Brasil para PlayStation 5