
No feriado de 1º de Maio, milhares de trabalhadores pretendem ocupar a Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, para realizar um ato unificado organizado por centrais sindicais em defesa de direitos históricos e novas conquistas trabalhistas. Com o lema “Vida digna e trabalho com justiça”, o evento deve reunir lideranças políticas, representantes de diversas categorias profissionais e artistas, a manifestação deve contar discursos, shows populares e reivindicações, como o fim da escala 6x1 e a redução da jornada de trabalho semanal.
No país, pelo menos nove outras capitais devem registrar manifestações que cobram também a redução da jornada de trabalho.
A mobilização na capital paulista está sendo articulada por sete centrais sindicais — Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Pública Central do Servidor e CUT, esta última como convidada — que também entregaram, no início da semana, uma pauta com 26 reivindicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neste ano, o petista decidiu não comparecer aos tradicionais atos realizados pelas centrais sindicais em São Paulo, em celebração à data. Ele fará nesta quarta-feira (30/4) um pronunciamento sobre o Dia do Trabalhador. A fala será transmitida às 20h30 em cadeia nacional de rádio e televisão.
Entre os pontos centrais do documento entregue o chefe do Executivo esta semana estão a proposta de redução da jornada de 44 para 36 horas semanais e o fim da jornada 6x1 (seis dias de trabalho por um de descanso), temas que ganharam destaque tanto nos discursos quanto nas manifestações realizadas em outras nove capitais do país.
Segundo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Brasil está defasado no debate internacional sobre jornada de trabalho. “Nos países mais desenvolvidos, a luta já é por uma semana de quatro dias com três de descanso remunerado. Aqui, ainda precisamos lutar para conquistar pausas mínimas e tempo para viver”, diz a nota divulgada pela entidade.
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