
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) lançou o boletim Conjuntura Econômica, com dados sobre o desempenho da indústria brasileira. O boletim traz o monitoramento de dados relacionados à Nova Indústria Brasil (NIB). Além do boletim, a agência elaborou um relatório sobre a conjuntura industrial, com a análise mais detalhada da política industrial brasileira.
A primeira edição do boletim observa o crescimento “em ritmo acelerado” da produção industrial nos primeiros três meses deste ano, superando os resultados do mesmo período do ano ado e dando continuidade à trajetória positiva observada ao longo de 2024. Em relação ao mesmo período do ano ado, segundo o boletim, houve crescimento de 1,3% em janeiro, performance que se repetiu em fevereiro, e de 3,1% em março.
Na indústria de transformação o crescimento, em janeiro, foi de 2,6%, em fevereiro, foi de 2,0% e em março, de 2,7%. O boletim observa que o desempenho do setor foi bom, “mesmo diante das condições de juros ainda elevadas”, impulsionado, principalmente, pela demanda interna.
Categorias
Ao analisar a produção por categorias industriais, sobre o mesmo período do ano ado, o boletim mostra “significativo crescimento” de setores industriais importantes, como os bens de consumo duráveis, que, em março aumentou 17,1% e bens intermediários, com elevação de 3,1% no mesmo mês. “Mesmo bens de capital, estagnado em março, obteve o melhor resultado para o mês desde 2022, quando se recuperava da pandemia”, aponta o documento, em referência à ligeira queda de 0,2% na produção dos bens de capital.
Esses números sugerem que a indústria brasileira está gradualmente se deslocando para um patamar superior, dentro de seu tradicional ciclo sazonal. Ainda assim, o setor de transformação permanece distante dos níveis de produção registrados há mais de uma década, de acordo com séries históricas dessazonalizadas.
No setor de comércio e serviços, o início de 2025 também é de crescimento, porém mais contido. O comércio varejista ampliado, por exemplo, registrou em janeiro um volume de vendas apenas 0,8% acima de seu pico histórico, alcançado em agosto de 2013. Já o setor de serviços, mais resiliente, apresentou um crescimento acumulado de 2,8% nos últimos doze meses e uma alta de 4,2% em fevereiro na comparação anual.