{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/04/6846953-artigo-animal-nao-e-coisa.html", "name": "Artigo: Animal não é coisa", "headline": "Artigo: Animal não é coisa", "description": "", "alternateName": "ARTIGO", "alternativeHeadline": "ARTIGO", "datePublished": "2024-04-29T06:00:00Z", "dateModified": "2024-04-29-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Na mesma semana em que o texto final do novo Código Civil começou a tramitar no Senado, retirando dos animais a condição de objeto, um cachorro da raça golden morreu sob a responsabilidade da companhia aérea Gol. O erro dos funcionários, que enviaram Joca para o destino equivocado, comoveu o país, foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suscitou um debate nacional sobre o transporte aéreo de animais.</p> <p class="texto">Em uma reunião com o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas se comprometeu a discutir medidas que aprimorem o serviço. Foi decidido que a Anac realizará audiências públicas para ouvir a sociedade sobre o tema e reformular a portaria que trata do transporte aéreo nacional e internacional de animais.</p> <p class="texto">As companhias também se comprometeram a estudar, em caráter emergencial, a implementação do serviço de rastreamento dos animais que viajam nos porões. É assustador imaginar que essa medida inexista em um país com 84 milhões de pets, segundo uma pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). Monitorar o transporte é o mínimo que as empresas deveriam fazer, e essa é uma medida de segurança adotada há anos por companhias estrangeiras, como Delta, American Airlines e Qantas.</p> <p class="texto">Para tutores, seria perfeito se os "melhores amigos" pudessem viajar na cabine, independentemente do tamanho. Ontem, em diversas cidades brasileiras, houve manifestações com o lema "animal não é bagagem". Porém, essa é uma questão polêmica. Muitos ageiros se opõem à ideia de dividir a cabine com os pets por diversos motivos e, exceto por cães-guias ou de e emocional, em nenhum país cachorros de porte médio e grande são aceitos nessas condições.</p> <p class="texto">Ainda assim, é inegável que as companhias aéreas têm muito a adaptar no transporte de animais, a começar pelo espaço onde eles viajam. Simplesmente empilhar as caixas onde são acomodados como se fossem malas é inaceitável. A atual Portaria 12.307/SAS da Anac não traz qualquer recomendação sobre padrões mínimos de segurança, como condições de temperatura e pressão.</p> <p class="texto">As companhias não são obrigadas a transportar animais. Porém, uma vez que o fazem — e não é de graça —, precisam da mesma responsabilidade que têm com ageiros humanos. Talvez, ao "descoisificar" os animais, o novo Código Civil estimule mais medidas de respeito a cães, gatos e a quaisquer outras espécies, não só em relação a viagens.</p> <p class="texto">É trágico que um cachorrinho tenha morrido para que se comece a pensar em mais segurança no transporte de animais. Que a sociedade acompanhe os debates e cobre que eles, de fato, ocorram. Que a morte de Joca não tenha sido em vão.</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/28/1200x801/1_05-36594827.jpg?20240429073117?20240429073117", "https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/04/28/1000x1000/1_05-36594827.jpg?20240429073117?20240429073117", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/28/800x600/1_05-36594827.jpg?20240429073117?20240429073117" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Paloma Oliveto", "url": "/autor?termo=paloma-oliveto" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 5d331d

Artigo 21d1x Animal não é coisa
ARTIGO

Artigo: Animal não é coisa 1m221l

O erro dos funcionários, que enviaram Joca para o destino equivocado, comoveu o país, foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suscitou um debate nacional sobre o transporte aéreo de animais 4t501p

Na mesma semana em que o texto final do novo Código Civil começou a tramitar no Senado, retirando dos animais a condição de objeto, um cachorro da raça golden morreu sob a responsabilidade da companhia aérea Gol. O erro dos funcionários, que enviaram Joca para o destino equivocado, comoveu o país, foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suscitou um debate nacional sobre o transporte aéreo de animais.

Em uma reunião com o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas se comprometeu a discutir medidas que aprimorem o serviço. Foi decidido que a Anac realizará audiências públicas para ouvir a sociedade sobre o tema e reformular a portaria que trata do transporte aéreo nacional e internacional de animais.

As companhias também se comprometeram a estudar, em caráter emergencial, a implementação do serviço de rastreamento dos animais que viajam nos porões. É assustador imaginar que essa medida inexista em um país com 84 milhões de pets, segundo uma pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). Monitorar o transporte é o mínimo que as empresas deveriam fazer, e essa é uma medida de segurança adotada há anos por companhias estrangeiras, como Delta, American Airlines e Qantas.

Para tutores, seria perfeito se os "melhores amigos" pudessem viajar na cabine, independentemente do tamanho. Ontem, em diversas cidades brasileiras, houve manifestações com o lema "animal não é bagagem". Porém, essa é uma questão polêmica. Muitos ageiros se opõem à ideia de dividir a cabine com os pets por diversos motivos e, exceto por cães-guias ou de e emocional, em nenhum país cachorros de porte médio e grande são aceitos nessas condições.

Ainda assim, é inegável que as companhias aéreas têm muito a adaptar no transporte de animais, a começar pelo espaço onde eles viajam. Simplesmente empilhar as caixas onde são acomodados como se fossem malas é inaceitável. A atual Portaria 12.307/SAS da Anac não traz qualquer recomendação sobre padrões mínimos de segurança, como condições de temperatura e pressão.

As companhias não são obrigadas a transportar animais. Porém, uma vez que o fazem — e não é de graça —, precisam da mesma responsabilidade que têm com ageiros humanos. Talvez, ao "descoisificar" os animais, o novo Código Civil estimule mais medidas de respeito a cães, gatos e a quaisquer outras espécies, não só em relação a viagens.

É trágico que um cachorrinho tenha morrido para que se comece a pensar em mais segurança no transporte de animais. Que a sociedade acompanhe os debates e cobre que eles, de fato, ocorram. Que a morte de Joca não tenha sido em vão.

Mais Lidas 1k3f19