Municípios

CNM encerra Marcha dos Prefeitos com entrega de carta ao governo federal

O documento final foi entregue ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República, José Hilário Marques, que prometeu rear carta ao presidente Lula

Paulo Ziulkoski (à direita) entrega texto final ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência, José Hilário Marques -  (crédito: Divulgação/CNM)
Paulo Ziulkoski (à direita) entrega texto final ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência, José Hilário Marques - (crédito: Divulgação/CNM)

A 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios foi encerrada nesta quinta-feira (22/5), com a leitura da Carta da Marcha, documento que reúne as principais reivindicações discutidas ao longo do encontro de prefeitos. O documento foi assinado pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.

O texto final foi entregue ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República, José Hilário Marques, que se comprometeu a reá-lo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A carta leva demandas relacionadas ao aumento da participação dos municípios na arrecadação de tributos, à revisão de programas federais e à busca por maior autonomia istrativa e financeira.

Um dos pontos questionados pelo Correio que consta na carta é a garantia de compensação aos municípios caso a reforma do Imposto de Renda (IR) entre em vigor. Segundo Paulo Ziulkoski, isso já está previsto na lei proposta e a instituição está positiva de que não haverá perdas.

“Com a inclusão de pessoas que ganham um salário de até R$ 50 mil, vai dar uma melhora, um ‘plus’, que hoje não tem. É uma forma de a União arrecadar e também lucrar com os dividendos que hoje não são tributados das empresas. Isso nos dará um retorno em torno de 25% do Imposto de Renda que pertence aos municípios”, afirmou Ziulkoski, que ainda afirma estar em contato com o relator da proposta na Câmara dos Deputados, o ex-presidente do parlamento, Arthur Lira (PP-AL).

“O nosso estudo mostra que lá na ponta nós vamos perder 4,9 bilhões e no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), mais R$ 5 bilhões. Mas a garantia dele (Arthur Lira) ontem é de que aqui nenhum centavo será perdido pelo município. Então, vamos confiar em um debate ainda muito longo, que vai vigorar só ano que vem, mas estamos acompanhando”, completou.

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Por Wal Lima
postado em 22/05/2025 15:12 / atualizado em 22/05/2025 15:14
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