
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, negou pela quarta vez, em 2025, o pedido de revogação da prisão preventiva do general do Exército Walter Braga Netto. De acordo com a defesa de Braga Netto, "o recebimento da denúncia descaracteriza o fundamento da custódia cautelar, pois revela um novo momento fático-processual, diverso do momento em que foi julgado o primeiro agravo regimental".
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No entanto, no entendimento da PGR, "a restrição excepcional da liberdade de ir e vir do agravante ainda se revela necessária, adequada e proporcional e não pode ser eficazmente substituída por medidas cautelares alternativas neste momento". O general foi preso preventivamente em dezembro de 2024 sob suspeita de interferir nas investigações, a partir da tentativa de obtenção de dados sigilosos oferecidos pelo réu colaborador Mauro Cid à Polícia Federal (PF).
Com isso, a prisão do general será mantida. Na próxima segunda-feira (9/6), o réu será interrogado na Corte, ao lado de outros acusados do núcleo 1, no âmbito da ação penal que julga uma possível tentativa de golpe de Estado. O interrogatório do general será realizado virtualmente, tendo em vista que ele está preso em uma penitenciária no Rio de Janeiro. Os demais réus serão ouvidos presencialmente em Brasília.