JUSTIÇA

Sóstenes denuncia "perseguição política" contra Zambelli

Deputado bolsonarista do PL afirma que colega de partido foi punida sem provas e por motivos ideológicos

Para Sóstenes, o Judiciário tem se comportado de maneira
Para Sóstenes, o Judiciário tem se comportado de maneira "atropelada" quando se trata de políticos conservadores, e teria agido com parcialidade ao julgar Carla Zambelli - (crédito: Bruno Spada/Câmara)

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) criticou nesta terça-feira (3/6) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão por crimes relacionados à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Sóstenes afirmou que o julgamento foi um dos mais rápidos da história da Corte e apontou suposto tratamento desigual entre parlamentares de esquerda e direita.

Ainda na postagem, o parlamentar disse que políticos da esquerda que são investigados e outros, até réus confessos, seguem em liberdade, enquanto Carla está sendo injustiçada. “Inúmeros políticos de esquerda investigados por corrupção seguem livres, tem até réu confesso de rachadinha”, escreveu.

Para ele, o Judiciário tem se comportado de maneira “atropelada” quando se trata de políticos conservadores, e teria agido com parcialidade ao julgar Carla Zambelli. O deputado ainda acusou o STF de condenar sua colega “sem provas, sem crime e sem direito à defesa plena”.

Sóstenes afirmou também que a deputada teria sido alvo de “cassação por opinião”, além de insinuar que a motivação para a pena seria o fato de a deputada "ser mulher, conservadora e não abaixar a cabeça”.

Ele finalizou a postagem prestando solidariedade pública à colega de partido e declarou apoio ao suplente, Tadeu Cornelsen, que poderá assumir a vaga na Câmara dos Deputados caso a cassação de Zambelli seja confirmada. “Minha confiança no suplente @corneltadeu, que saberá honrar o voto de milhões no tempo certo”, finalizou.

Zambelli foi condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF pelos crimes de falsidade ideológica e invasão de sistemas, após ser acusada de coordenar uma ação hacker que inseriu dados falsos nos sistemas do CNJ. A parlamentar deixou o país rumo à Europa e afirmou que vai solicitar licença não remunerada para, segundo ela, denunciar a suposta perseguição política a conservadores brasileiros em cortes internacionais.

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postado em 03/06/2025 14:35 / atualizado em 03/06/2025 14:50
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