
O Sistema Solar acaba de ganhar um novo membro, o objeto astronômico 2017 OF201. Com o diâmetro de aproximadamente 700Km, o corpo cósmico pode ser considerado um planeta-anão, assim como Plutão. O anúncio foi feito pela União Astronômica Internacional na quarta-feira (21/5).
Localizado a cerca de 90.5 unidades astronômicas do Sol, noventa vezes a distância entre a Terra e o Sol. O integrante é um objeto transnetuniano (TNO), ou seja, mais distante do centro do Sistema Solar do que Netuno. A distância é tão grande que o planeta anão demora 25 mil anos para completar a órbita em torno da estrela.
Embora habite o mesmo sistema planetário que a Terra, ele só fica 1% do tempo orbital perto o suficiente do nosso planeta para ser detectável. “A presença deste único objeto sugere que pode haver cerca de outras centenas de outros objetos com órbita e tamanho semelhantes; eles estão muito distantes para serem detectáveis agora”, explica Sihao Cheng, líder da pesquisa.
O 2017 OF201 é o segundo maior objeto em uma órbita tão distante do Sol. O corpo cósmico fica atrás de Plutão, com 2.377 km de diâmetro.
A descoberta do planeta-anão, no entanto, pode representa um empecilho para outra hipótese científica: a existência do Planeta 9. Essa teoria acredita na existência de um nono planeta do Sistema, que estaria após a órbita de Plutão.
O argumento é reforçado pela existência de TNOs que seguem uma órbita com uma orientação comum. Isso, segundo os cientistas, pode indicar a existência de um corpo cósmico maior, que afetaria a órbita dos demais. “Muitos TNOs extremos têm órbitas que parecem se agrupar em orientações específicas, mas 2017 OF 201 se desvia disso”, pontua um dos pesquisadores, Jiaxuan Li, da Universidade de Princeton.
O estudo foi liderado pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton.