INSS

"Está doendo na nossa carne", diz Carlos Lupi sobre desvios no INSS

Ministro itiu que houve demora para agir sobre golpes no INSS e afirmou que análise de s é um procedimento "complexo"

Ministro Carlos Lupi (Previdência) participou de sessão em comissão da Câmara e foi questionado sobre resposta às fraudes no INSS -  (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara)
Ministro Carlos Lupi (Previdência) participou de sessão em comissão da Câmara e foi questionado sobre resposta às fraudes no INSS - (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara)

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira (29/4) que os envolvidos no esquema bilionário de desvio de dinheiro de aposentados devem ir para a cadeia “doa a quem doer”. Lupi também itiu que a pasta demorou a tomar medidas concretas para cessar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e justificou que o processo de verificação de s é complexo.

“Isso é igual ao processo judicial. Você não abre um inquérito hoje e amanhã tem a solução. Não é assim. São 6 milhões, no mínimo, que fazem contribuição sindical. São 41 instituições. Vocês pararam para pensar como é que é analisar se é válido ou não analisar 6 milhões de s? Isso não é simples, é complexo”, disse.

O ministro participava de uma sessão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara. Ele foi questionado sobre quais foram as medidas tomadas por ele e pelo ministério quando surgiram os primeiros indícios de desvio, em 2023.

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“Demorou? Sim. Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que eu gostaria que fosse muito mais ágil. Mas estamos agindo. Estamos fazendo. Está doendo na nossa carne. Estamos tendo que exonerar gente que trabalhava com a gente, que convivia com a gente”, afirmou o ministro.

Lupi também disse que “dói” ver pessoas que trabalharam com ele sendo implicadas no esquema de roubo dos aposentados. Voltou a dizer, ainda, que assume a responsabilidade pela nomeação de Alessandro Stefanutto, que presidiu o INSS durante sua gestão e foi demitido por ordem do presidente Lula (PT) depois que o escândalo veio a público.

“Eu nomeei o doutor Stefanutto, por isso eu assumo todos os meus atos. Foi um ato meu. Ninguém me indicou. Eu o escolhi porque vi nele um preparo inicial para que ele desempenhasse um bom trabalho na Previdência Social”, disse.

E continuou: “Para mim, dói. Eu ver as pessoas que até semana ada eu tinha confiança, trabalhavam comigo, desenvolviam um trabalho que eu achava que era bom, envolvidas nisso. É um pavor, irmão. Um horror. Não conseguimos detectar”, completou.

postado em 29/04/2025 16:03
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